Dólar cai e bolsa sobe após isenção de tarifas anunciada por Trump
O mercado financeiro brasileiro registrou alívio nesta segunda-feira (14), com a queda do dólar e a valorização da bolsa de valores. O dólar comercial fechou cotado a R$ 5,851, uma redução de 0,34% em relação ao pregão anterior. Apesar dessa queda recente, a moeda norte-americana ainda acumula alta de 2,54% no mês de abril. Já o índice Ibovespa, da B3, teve um avanço de 1,39%, alcançando 129.454 pontos, aproximando-se novamente dos 130 mil pontos.
A mudança no comportamento do mercado foi influenciada pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de isentar alguns produtos eletrônicos, como smartphones e computadores, fabricados principalmente na China, de novas tarifas de importação. A medida reverte parte das taxações impostas anteriormente e traz um respiro para economias emergentes, incluindo o Brasil.
Entenda como começou essa situação
No início de abril de 2025, Trump anunciou um pacote de tarifas comerciais que impactou mais de 180 países, incluindo o Brasil. As chamadas “tarifas recíprocas” variaram de 10% a 54%, dependendo do país e do volume de déficit comercial com os EUA. O Brasil ficou entre os menos afetados, com uma taxa de 10%, mas outros, como a China e a União Europeia, enfrentaram percentuais mais altos.
O anúncio gerou tensão nos mercados globais, com bolsas despencando em várias partes do mundo. Economistas alertaram que as tarifas poderiam desacelerar a economia global, aumentar a inflação nos EUA e alterar as cadeias de suprimento internacionais. Além disso, países atingidos pelas medidas prometeram retaliar, intensificando o clima de instabilidade.
Para o Brasil, as consequências foram mistas. Embora o agronegócio tenha sido beneficiado pela possibilidade de ampliar as exportações para a China, setores como o de alumínio e aço enfrentaram dificuldades devido às taxas de 25% impostas independentemente da origem dos produtos. Especialistas destacam que, apesar de algumas oportunidades surgirem no curto prazo, o saldo geral das tarifas pode ser preocupante para a economia brasileira.
A decisão recente de Trump de flexibilizar as tarifas para produtos eletrônicos trouxe algum alívio ao cenário econômico global, especialmente para economias emergentes. No entanto, os analistas seguem atentos aos próximos passos do governo norte-americano e aos possíveis impactos nas relações comerciais internacionais.
Descubra mais sobre Grande Jornal
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.