Escolas em busca de soluções para controlar o uso de celulares entre alunos
O uso da tecnologia nas escolas é um tema central em discussões que estão acontecendo esta semana em Fortaleza. O tema foi discutido nas reuniões de educação do G20, que se encerraram na quarta-feira (30), e na Reunião Global de Educação (GEM), organizada pela Unesco, que iniciou nesta quinta-feira (31).
Durante essa discussão, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (30) o projeto de lei 104/2015, que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos portáteis em salas de aula de escolas públicas e privadas, incluindo recreios e intervalos. O projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça.
Segundo o PL, o uso de celulares será permitido apenas para atividades pedagógicas, orientadas pelos professores, nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e no ensino médio. Para a educação infantil e os anos iniciais do fundamental (1º ao 5º ano), o uso é totalmente proibido. No entanto, o texto permite a utilização dos aparelhos para fins de acessibilidade, inclusão e questões médicas.
O relatório de Monitoramento Global da Educação (GEM) 2024 destaca que o acesso à tecnologia é bastante desigual entre os países. Em nações de alta renda, 80% dos adultos conseguem enviar e-mails com anexos, enquanto apenas 30% em países de renda média, como o Brasil, possuem essa habilidade.
Manos Antoninis, diretor do relatório GEM, enfatiza que uma das mensagens mais alarmantes é a queda no aprendizado dos estudantes em todo o mundo, observada desde 2010, antes da pandemia. Entre os fatores que contribuem para essa situação, especialmente em países de renda alta e média, está o uso da tecnologia nas escolas.
Com informações da Agência Brasil.