Imbituba se Torna Polo de Inovação em Fertilizantes com Parceria Público-Privada

Parceria entre Embrapa, Epagri e empresa local busca desenvolver fertilizante organo-mineral para atender demandas agrícolas nacionais.

Imbituba, está em destaque como cenário para um projeto inovador que reúne ciência, tecnologia e produção industrial. A iniciativa envolve a Embrapa, a Epagri e a MaxiSolo, uma empresa especializada na transformação de resíduos agroindustriais em fertilizantes minerais. O objetivo é criar um fertilizante organo-mineral capaz de atender diferentes culturas e reduzir a dependência do Brasil por insumos importados.

A parceria, formalizada em dezembro do ano passado, começou a ser colocada em prática recentemente, com visitas técnicas realizadas pelo pesquisador Caue Ribeiro, da Embrapa Instrumentação, sediada em São Carlos (SP). Ele esteve acompanhado de Gelton Guimarães, da Epagri de Itajaí, para conhecer o parque industrial da MaxiSolo e discutir os próximos passos do projeto. Com duração prevista de três anos, a cooperação busca integrar resíduos orgânicos ao processo produtivo de fertilizantes, oferecendo soluções mais sustentáveis para o setor agrícola.

O modelo de financiamento conjunto utilizado no projeto tem ganhado força nos últimos anos, especialmente após a instalação de uma unidade da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) em São Carlos. Essa abordagem permite que empresas privadas compartilhem riscos e custos das fases iniciais de pesquisa, garantindo que as soluções desenvolvidas atendam às necessidades do mercado. Para Imbituba, essa parceria representa um impulso à economia local e consolida a cidade como referência em inovação agrícola.

A MaxiSolo, que surgiu a partir da SulGesso — tradicionalmente conhecida pela produção de condicionadores de solo —, ampliou suas atividades para atender à crescente demanda por fertilizantes no Brasil. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que, em 2024, o país importou 44,3 milhões de toneladas desses insumos, um aumento de 8,3% em relação ao ano anterior. Atualmente, apenas 15% da demanda nacional é suprida pela produção interna, o que reforça a relevância do projeto.

Além de promover avanços tecnológicos, a iniciativa também busca impactos positivos para o meio ambiente e comunidades locais. Ao reaproveitar resíduos agroindustriais, o novo fertilizante pode contribuir para a redução de desperdícios e incentivar práticas agrícolas mais sustentáveis. Para os envolvidos, o trabalho conjunto reflete um compromisso com o desenvolvimento de soluções que beneficiem tanto o setor produtivo quanto a sociedade.

Com a infraestrutura já apresentada e os primeiros diálogos estabelecidos, a expectativa é de que o projeto avance rapidamente para as etapas de validação e produção. Para Imbituba, além dos benefícios econômicos, a iniciativa fortalece sua posição como polo de inovação e sustentabilidade no campo.

Com informações e foto Divulgação / Epagri.


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